quarta-feira, 24 de junho de 2015

Vamos falar sobre adoção

Texto: Miriam Cardoso de Souza

A maioria das mulheres sonha em ser mãe; e, quando essa opção não se concretiza pelos métodos naturais ou pela inseminação artificial, resta-lhe outra possibilidade: a adoção.
O que vem a ser a adoção?
A definição legal,  segundo a  professora Maria Helena Diniz, é que a adoção é o ato jurídico solene, pelo qual alguém estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que lhe é geralmente estranha.

Fotografia: Lucas S. Fagundes

A legislação brasileira elenca vários requisitos para o casal adotar: preencher as formalidades legais, com a documentação exigida a e as entrevistas realizadas pelos técnicos, psicólogas e advogada; no caso, aqui, em Caxias do Sul, com o Instituto Filhos, onde os adotantes recebem orientação desses  profissionais  que trabalham o perfil do filho ideal e o filho real. Após é emitido um certificado, enviado para o processo, onde o juiz da vara da Infância e Adolescência o sentencia, tornando-o apto para adotar.

Quem pode adotar? Famílias monogâmicas, homo afetivas e pessoas sozinhas. Essas pessoas passarão a fazer parte do Cadastro Nacional da Adoção, que é  interligado  com os cadastros de todas as cidades do Brasil, cruzando informações  entre adotantes, e perfis das crianças a serem adotadas. Se não conseguirem adotar na sua cidade, poderão fazê-la em qualquer local onde tenha a criança habilitada.

Hoje, esse cadastro consta com uma média de 6.000,00 (seis mil) crianças e adolescentes habilitados para adoção e 33.526,00 (trinta e três mil quinhentas e vinte e seis) pessoas dispostas a adotar. A conta não fecha, não é? Por quê? As pessoas reclamam que, para viabilizar esse sonho, ficam na fila, em média de 05 anos. Sim, é um processo demorado, por que existe um perfil de criança solicitada pelos futuros adotantes, ou seja, criança de zero até 03 anos de idade, de cor branca e menina. Esse levantamento foi realizado pelo Conselho Nacional de Justiça.
Veja a entrevista no link abaixo;



O mais importante, no processo de adoção, é saber que a verdadeira mãe e o verdadeiro pai, nunca são os que geram e sim os que criam, educam; e, principalmente, os que amam. São os filhos do coração, uma escolha por amor.

domingo, 21 de junho de 2015

Chegou o inverno



                                                                         Texto e fotografias: Miriam Cardoso de Souza
                         

Hoje, oficialmente inicia o inverno, a estação mais fria do ano. Ele é caracterizado, principalmente, pelas baixas temperaturas; as noites são mais longas que os dias. As paisagens ganham outras  cores, diferentes daquelas do outono; seus tons são neutros, mas não deixam de ser encantadores.
O amanhecer é lindo, porém gelado. A natureza cobre-se com seu manto de neblina e geada, esta se derrete quando surgem os primeiros raios de sol.




Impossível não se lembrar da música do fenomenal Tim Maia “Quando o inverno chegar / Eu quero estar junto a ti”.  Inverno é a estação para entregar-se ao combo chocolate quente, cobertor e filmes; para passar o dia de pijama; para reunir-se com os amigos, para saborear um fondue com vinho tinto; ou até mesmo para aquele bate-papo, saboreando um café bem quente, no boteco da esquina; ou, quem sabe, para esquentar-se em frente ao fogão à lenha; e para usar toquinhas e meias coloridas. Quem não gosta disso? Ah, já estava me esquecendo do “dormir de conchinha“. Quem nunca soprou o ar gelado para sair fumacinha? Essas são algumas delícias que só o inverno nos proporciona.





Todos aguardam, com expectativas, o fenômeno da neve; aguardam, também, a previsão do tempo com ansiedade, principalmente os turistas que visitam a Serra Gaúcha. Muitos vêm de locais onde a estação do inverno não é definida como aqui no Sul.        
            


Não deixe de curtir o inverno, porque está frio. Curta a bela estação e seu charme peculiar. A primavera logo virá.

Seja bem-vindo, Inverno!

Agora, eu os deixo com as belas imagens do inverno da Serra Gaúcha e um vídeo com fotografias de minha autoria. 
                             












sexta-feira, 12 de junho de 2015

Tamanho Único entrevista: Dra Eleonora Pasqualotto

Entrevista: Sandra Graneto 
Fotos: Lucas Fagundes



A entrevista de hoje é com a Dra Eleonora Pasqualotto, diretora na empresa Conception Clínica de Reprodução Humana e professora de ginecologia na Universidade de Caxias do Sul.





TU: Quais os desafios da tua profissão? 
São muitos os desafios da nossa profissão, mas um dos principais é a responsabilidade que se tem com relação aos tratamentos e sonhos do casal que nos procura.  Responsabilidade em garantir que o casal, ou o paciente terá o melhor atendimento possível, uma vez que é impossível garantir a gestação.

TU: Qual a tua maior realização profissional? 
Difícil dizer qual a maior realização profissional.  Sinto-me muito afortunada em ter muitas realizações, pois cada casal que alcança seu objetivo é uma vitória para nós também.  Acho que os casais que mais batalham e persistem com seu objetivo, que passam por várias clínicas e acabam consultando comigo e no final engravidam são minhas maiores realizações profissionais.

TU: Qual a importância da tecnologia no teu trabalho?
A tecnologia é crucial no meu trabalho.  Os tratamentos de fertilização in vitro são realizados com base nos avanços tecnológicos em nossa área.  Sem tecnologia não existe centro de reprodução assistida. Mesmo assim, sempre devemos lembrar que todo o envolvimento humano é tão importante quanto a parte tecnológica nos tratamentos.





TU: Como concilias carreira e família de forma tão harmônica? 
É difícil, mas sem dúvida o amor pelo que se faz ajuda muito nesta conciliação.  Também o fato de poder trabalhar com o Fabio, meu marido, na clínica faz com que nós possamos ter ainda mais objetivos em comum o que faz com que consigamos conciliar.  Tenho uma família maravilhosa, um filho de 10 anos e uma filha de 8 anos maravilhosos que me dão muitas alegrias.  Uma das coisas que não abro mão é não trabalhar em casa, ou seja, do momento que chego em casa o tempo é totalmente dedicado à família.

TU: Eleonora por Eleonora
Uma pessoa realizada tanto pessoal como profissionalmente, dedicada em tudo que faz e que tenta fazer com que as pessoas a sua volta também consigam se realizar.





TU: O que é Tamanho Único para ti?
Tamanho único é a ambiguidade das coisas e dos pensamentos.  Quando ouvi tamanho único pensei, ao mesmo tempo, que poderia ser algo que serve para todos ou algo exclusivo.  

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O ESTILO BOHO

Texto: Isabel Fahrion
W Magazine
Mas afinal, o que significa o termo boho na moda? De um tempo pra cá, essa expressão é cada vez mais vista, falada e utilizada para designar um estilo de se vestir muito particular que explodiu entre os anos 60 e 70. Numa versão ultra jovem, marcas especializadas no boho (@freepeople, por exemplo) têm feeds no Instagram com milhares e milhares de seguidores/adoradores. No São Paulo Fashion Week de abril deste ano, marcas como  Ellus, Lilly Sarti, Têca e Juliana Jabour apresentaram diferentes propostas dentro do estilo para o próximo verão. As semanas de moda do mundo inteiro declaram: o verão 2016 é muito boho. No cinema e na moda, temos adeptos como Kate Moss, Sienna Miller, Kate Bossworth, Johnny Deep e Orlando Bloom.

Ellus, Juliana Jabour, Têca e Lilly Sarti 
YSL
Vamos começar pela definição do termo? Boho é uma abreviação de “bohemian”, designado
para a população da Boêmia, que é uma região da Europa Central muito antiga, ocupada pelos celtas no século Va.C. Hoje faz parte da Republica Checa. No século XV o termo passou a ser utilizado para os ciganos ou tribos nômades supostamente originários da região. Mas foi na França que o movimento artístico e literário ganhou força, no século XVII. “Bohéme” passou a designar também o indivíduo "que leva uma vida desregrada", num estilo de vida caracterizado pela despreocupação com relação a bens materiais, a grandes projetos ou às normas, descrevendo uma vida à margem da sociedade que cultivava uma nova forma de liberdade de pensamento e uma preocupação em usar roupas excêntricas. Balzac, em “Um Príncipe da Boémia”, cita: “A palavra Boémia diz tudo. Ela não tem nada e vive de tudo. A esperança é a sua religião, a fé em si mesma é o código, a caridade o seu orçamento. Todos esses jovens são maiores do que o seu infortúnio, abaixo da sorte, mas acima do destino”. 

Free People
Nos anos sessenta com o movimento hippie, o estilo boho ganhou força. Mais chique e menos contestador, foi adotado por socialites e artistas que traziam peças de roupas, peles, chapéus e joias folclóricas de suas viagens ao redor do mundo, usando e misturando tudo com excentricidade e muito estilo. Não demorou para que a alta costura começar a criar com essa inspiração. Lugares preferidos de pesquisa? O oriente, com um olhar especial para o Marrocos. O estilo boho é um mix de inspirações folk do mundo inteiro. Tecidos esvoaçantes como as mais puras sedas chinesas, muitas peles (hoje na maioria artificiais, ainda bem!), franjas, penas, estampas étnicas ou florais, acessórios com pedras brutas e muita prataria, tudo sempre em excesso.

Marisa Berenson 70's

 Acredito que a moda sempre foi e sempre será o reflexo de um movimento cultural. As raízes da moda estão nos movimentos que a sociedade faz, e que inicia com um questionamento sobre uma situação que não é confortável para muitos. A partir disso começa uma rebelião cultural que tem início na arte e na literatura que fatalmente reflete na moda, na arquitetura e no estilo de vida. Então, o boho não é só um estilo de vestir. É um estilo de vida adotado quase que como uma religião. É uma paixão por romper fronteiras, tabus e regras. O culto a natureza, ao amor e ao desprendimento da matéria tem como base as religiões pagãs de povos nômades da Europa Oriental e das tribos indígenas americanas. É um culto à liberdade e ao amor pela vida. 

Emize. Coleção Immanence. Conceito boho por Isabel Fahrion, foto por Silas Abreu,



segunda-feira, 8 de junho de 2015

Para sair bem no retrato



             
Texto e fotos: Miriam Cardoso

Olá, pessoal! Hoje falaremos sobre retratos ou portraits (do francês); chique, não? Brincadeirinha. Pois bem, vamos às dicas para sair bem na fotografia.
               
Conhecido como o “Mestre da Luz”, Rembrandt Van Rijn foi um dos maiores pintores da era Barroca. Naquela época, havia uma obsessão dos artistas pelo domínio da luz. Entretanto, com a exploração dramática dos contrastes entre luz e sombra, eles faziam com que a iluminação não aparecesse de um jeito natural mas, sim, de maneira que guiasse o olhar do observador para o caminho da importância da história.
Em seus retratos, Rembrandt utilizava basicamente um esquema de iluminação que era unilateral, valorizando as expressões faciais dos personagens e aumentando a dramaticidade da cena pintada. Aproveite a dica do mestre e faça seus retratos com a luz natural que entra pela janela. Essa é a minha dica preferida e infalível.
Vai fotografar uma pessoa? Enquadre-a na vertical (vire a máquina, tablet ou celular). Para duas ou mais pessoas, enquadre na horizontal, a estética de suas fotografias irá seduzir o espectador. 


Observe sempre o fundo, o segundo plano, ao fotografar pessoas, para evitar que ele distraia, ou chame mais atenção do que a pessoa a ser fotografada.
                  
Vai fotografar bebês? Abaixe-se, deite-se ou sente-se no chão, para ficar na altura deles; as fotografias serão mais criativas. Lembre-se de que você estará contando uma historia ao fotografá-los.
                        
Não faça retratos com a pessoa olhando diretamente para a câmera, para evitar que a fotografia fique parecida com a da foto de carteira de identidade, aquela que ninguém gosta.
                     
Evite fotografar as pessoas de baixo para cima, esse enquadramento engorda; já, de cima para baixo, emagrece.

Você já deve ter ouvido: “Onde coloco as minhas as minhas mãos”? Pode colocá-las no bolso, ou para trás do corpo, ou até mesmo apoiar-se em algo, para evitar parecer uma estátua. Isso a deixará bem à vontade.

Ambientes claros - Fotografar em ambientes escuros, muitas vezes é um problema. As fotos saem tremidas e desfocadas. Prefira cenários claros para fazer retratos. Fuja das fotografias granuladas.



A postura é importante e pode melhorar a aparência nas fotografias. Estar corretamente sentado ou de pé, dar-lhe-ão um ar mais saudável e atento;
Para finalizar, indico o vídeo do retratista brasileiro Marcio Scavone.




                  
Acredite, terá uma surpresa ao ver que os retratos ficaram melhores com pequenas dicas. Para quem está aprendendo, a dica é sempre uma: tentar. Faça tentativas sem medo de a imagem ficar feia, sem graça. E, se ficar, use o delete da sua câmera e recomece. Boa sorte.